27 de março de 2008

O lugar do rock - parte II


Todo homem sonha. Mesmo o mais troglodita dos neandertais, mesmo o mais anal-retentivo dos executivos da bolsa de valores, todo mundo sonha. Homens, mulheres, ricos, pobres: basta ter um cérebro e você já está fadado a sonhar, toda noite, enrolado no cobertor.

O mistério do sonho ainda não foi totalmente revelado, e talvez nunca seja, já que a única ferramenta que temos para analisá-lo é o próprio cérebro que o cria. Mas o que já sabemos é o suficiente para não termos mais medo deles.

Aparentemente o sonho é um momento em que o consciente fica reduzido ao segundo plano na nossa percepção, e o inconsciente assume um lugar de maior destaque, a ponto de nos fazer ver e ouvir o que ele está tentando nos dizer. Existem várias teorias sobre a origem desse fenômeno - alguns dizem que os sonhos são premonições divinatórias enviadas pelo além, outros afirmam que são apenas reflexos do próprio consciente, outros tentam reduzir essas sensações a meras ilusões provocadas por impulsos elétricos, e outros ainda afirmam que os sonhos seriam uma espécie de desfragmentação da memória, um momento em que o cérebro mistura o lógico e o ilógico, a memória e o pensamento, em uma tentativa de compreender melhor os pensamentos que o estão atormentando.

Fato é que, sem os sonhos, qualquer pessoa ficaria louca. Eles funcionam como uma válvula de escape da pressão que o cérebro consciente e racional sofre no dia-a-dia. Não importa se você é um fazendeiro, um pedreiro ou um padre: a vida cotidiana é stressante, e certas partes do seu cérebro ficam sub-utilizadas durante ela, e qualquer desequilíbrio de funcionamento entra as áreas do cérebro pode deixar qualquer um maluco.

Sonhos são coisas completamente inúteis e inexplicáveis, mas sem eles a gente ficaria louco.

Rock é a mesma coisa.

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