10 de março de 2009

Ozymandias

Conheci um viajante de uma antiga terra
Que me disse: Duas grandes pernas de pedra
Jazem no deserto. Perto delas, na areia,
Metade afundado, jaz um rosto despedaçado, cuja carranca
E lábio enrugado e olhar arrogante de frio comando
Mostram que seu escultor leu bem essas paixões
Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas sem vida,
A mão que os desprezava e o coração que alimentava.

E no pedestal estas palavras surgem:

"Meu nome é Ozymandias, Rei dos Reis:
Observem meus trabalhos, oh poderosos, e desesperem-se! "

Nada ali perto existe: em volta dos destroços

daquela ruína colossal, ilimitada e nua,
A solitária e nivelada areia se estende por muito longe.

tradução: Daniel Poeira

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