30 de março de 2008

We're gamblers, we man...

"We're gamblers, we men... playing against the long odds that out there somewhere is that ideal female who possesses all of those elusive qualities one seeks in a soulmate... A woman who embodies all that is enticing: at once mysterious and comforting, with a touch of childlike vulgarity, possessing a keen awareness and a confident clarity that is both subdued and radiant..."

27 de março de 2008

O lugar do rock - parte II


Todo homem sonha. Mesmo o mais troglodita dos neandertais, mesmo o mais anal-retentivo dos executivos da bolsa de valores, todo mundo sonha. Homens, mulheres, ricos, pobres: basta ter um cérebro e você já está fadado a sonhar, toda noite, enrolado no cobertor.

O mistério do sonho ainda não foi totalmente revelado, e talvez nunca seja, já que a única ferramenta que temos para analisá-lo é o próprio cérebro que o cria. Mas o que já sabemos é o suficiente para não termos mais medo deles.

Aparentemente o sonho é um momento em que o consciente fica reduzido ao segundo plano na nossa percepção, e o inconsciente assume um lugar de maior destaque, a ponto de nos fazer ver e ouvir o que ele está tentando nos dizer. Existem várias teorias sobre a origem desse fenômeno - alguns dizem que os sonhos são premonições divinatórias enviadas pelo além, outros afirmam que são apenas reflexos do próprio consciente, outros tentam reduzir essas sensações a meras ilusões provocadas por impulsos elétricos, e outros ainda afirmam que os sonhos seriam uma espécie de desfragmentação da memória, um momento em que o cérebro mistura o lógico e o ilógico, a memória e o pensamento, em uma tentativa de compreender melhor os pensamentos que o estão atormentando.

Fato é que, sem os sonhos, qualquer pessoa ficaria louca. Eles funcionam como uma válvula de escape da pressão que o cérebro consciente e racional sofre no dia-a-dia. Não importa se você é um fazendeiro, um pedreiro ou um padre: a vida cotidiana é stressante, e certas partes do seu cérebro ficam sub-utilizadas durante ela, e qualquer desequilíbrio de funcionamento entra as áreas do cérebro pode deixar qualquer um maluco.

Sonhos são coisas completamente inúteis e inexplicáveis, mas sem eles a gente ficaria louco.

Rock é a mesma coisa.

Tô apaxonado.

24 de março de 2008

22 de março de 2008

A História da Minha Vida

14 de março de 2008

12 de março de 2008

Tristeza do Jeca


Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

E o choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar

Angelino de Oliveira

10 de março de 2008

Um dia na Igreja


Hoje meu pai me convidou a ir com ele até uma igreja. Era a missa de sétimo dia de um tio dele, que faleceu recentemente (há 7 dias atrás, para ser mais exato). Apesar de ser pagão e ateu convicto, aceitei o convite, em nome da boa vontade entre os cultos religiosos e da curiosidade científica.

Foi uma experiência interessante. A igreja é um lugar grande, iluminado, cheio de banquinhos de madeira. Alguns sacerdotes paramentados lêem trechos de um livro de histórias bem grosso, semelhante a O Senhor dos Anéis. Também tem umas rezas que todo mundo sabe de cor e declama junto. A parte chata é que você você tem que levantar, depois sentar de novo, depois levantar de novo, ajoelhar, levantar, sentar... deve ser um exercício saudável, mas se eu soubesse que ia ter isso eu tinha ido de shorts.

Como eu fico entediado muito rapidamente, e sou um entusiasta da arquitetura, fiquei reparando na decoração do lugar. Ao contrário das igrejas que eu já tinha visto em Ouro Preto, essa era muito bonita e limpa, com um estilo minimalista que me lembrou os anos 1960. As paredes eram brancas, e tinha uns paninhos roxos pendurados em todos os cantos, dando um clima aconchegante. Meu pai me explicou que eles só fazem isso na quaresma, e que ali normalmente ficam umas estátuas. Sinceramente, eu acho que eles deviam manter os paninhos.

Nas paredes laterais da igreja também havia uma decoração meio pop art: uma história em quadrinhos sobre um homem que carregava uma cruz de madeira. O nome dele era Jesus, e deve ser um cara importante para os cristãos, porque o padre não parava de falar nele.

Para meu alegre espanto, depois de investigar o decór do local eu descobri que, além de velhinhas com o cabelo meio roxo, também existem várias gatinhas que freqüentam a missa. Pensei que nunca ia ter chance com elas, mas de repente todo mundo começou a se abraçar e beijar, e várias delas pegaram em mim e beijaram meu rosto. Me dei bem, melhor do que em qualquer bar idiota que eu costumo freqüentar. Fiquei me perguntando se aquelas garotas todas obedeciam as ordens do Papa e só transavam sem camisnha. Para o bem delas, espero que não.

Um dos pontos altos do culto foi a hora do lanche. Lá pelas tantas os sacerdotes começaram a distribuir um biscoitinho branco para a turma. No começo eu pensei que eles deviam ser muito gostosos, porque logo se formou uma fila enorme para comê-los; mas depois reparei que eles estavam molhando os biscoitinhos em algum líquido dentro de uma taça. Talvez eles fossem mesmo gostosos, só que meio duros, e estivessem sendo molhados para facilitar a mastigação. Afinal, quase todo mundo que estava lá era bem velhinho e tinha os dentes fracos. Mas fiquei curioso para saber no que eles molhavam os biscoitinhos. Não parecia ser leite com Nescau.

De repente eu olho para o palco e vejo o cara despejando VINHO dentro das taças. Gatinhas me beijando, vinho rolando solto, e ainda por cima um cara começou a tocar uma música meio chata no violão... Eu estava me sentindo em uma festinha dos tempos da faculdade! Por isso, pretendo voltar mais vezes à igreja para beber vinho, comer biscoitos e paquerar as gatas. Espero que toque uma música mais dançante da próxima vez!

Finalmente, muitas sentadas e levantadas depois, a missa acabou, e ficamos na porta da igreja cumprimentando os familiares. O padre havia lido uns trechos do Livro de Daniel, por isso algumas pessoas me disseram "adorei seu livro, sábias palavras".

No final, uma das gatinhas, que eu não faço a menor idéia de quem seja, veio até nós e se despediu apertando a mão de um por um. Era óbvio que ela não conhecia nenhum de nós, e só fez isso por educação cristã. Achei isso bem legal, as pessoas nessa tal de igreja são bem simpáticas e parecem razoavelmente satisfeitas com a vida, ao contrário das pessoas que encontro nos lugares que freqüento.

Se bem que, até onde eu sei, o pessoal da Obra não é homofóbico, usa camisinha, e nunca acendeu uma fogueira com uma pessoa em cima.

Cthulhu, Tulu, Clulu, Clooloo, Cighulu, Cathulu, Kutulu, Q'thulu, Ktulu, Kthulhut, Kulhu, Thu Thu Hmong

Eu gostaria de dar um depoimento.

Depois que eu abandonei o cristianismo e me tornei um adorador de Cthulhu, minha vida melhorou muito.

Para quem não conhece, esse é o Chtulhu:


E esse é o seu criador:


Essa nova fé me deu motivo para comprar um carro:


Ela também me deu motivos para ter um filho:


E eu comprei um brinquedinho pra ele:


Ela serve de inspiração para comida:


Ela me fez mudar de sistema operacional:


Enfim... Cthulhu é luz! É magia & sedução!

9 de março de 2008

Pérolas de Sabedoria

"Mas ainda creio cegamente que não dá pra confiar em gente que não bebe, nunca se drogou na vida, gosta de Djavan, ouve Phil Collins ou mulheres que não usam salto alto nem sabem cozinhar. Cuidado com esses tipos, amiguinhos."

7 de março de 2008

O lugar do rock


Eu não consigo ser feliz sem rock.

Desculpa. É a verdade. Eu finalmente admiti isso pra mim mesmo, ontem, pela primeira vez, sozinho em um canto escuro. Eu sou eclético, eu sou aberto, eu gosto de muitos tipos de música, quase todos, e eles conversam comigo e a gente é super amigos. Mas existe uma outra coisa no universo chamada rock, que é um conceito abstrato, e ninguém entende direito, mas é a coisa mais linda desse mundo.

Eu vou tentar explicar.

1. O Escolhido

Ninguém nunca virou pra mim e falou que rock era legal. Eu descobri sozinho. Eu vi com meus próprios olhos, ouvi, me choquei, fiquei paralisado, descobri que existia alguma coisa maior do que eu e do que o mundo e que ninguém estava compreendendo. Eu não gostava de jogar futebol nem de brincar de pegador. Eu só gostava de brincar de banda de rock. Eu quebrava coisas e explodia lugares e botava fogo no mundo inteiro trancado ali no quarto com meus discos e uma vitrolinha vermelha do Mickey que o meu pai comprou na Sears. Eu era um soldado da guerra contra o vazio, eu era um cometa que explodia a minha família e a minha escola e tudo o que eu odiava no mundo. Eu tinha 7 anos de idade.

2. A Magia

Desde os primórdios da existência humana, os seres da nossa espécie se confrontaram com o inexplicável, o indizível, o inponderável, o além e o sobrenatural. Chamaram isso de espiritual, de emocional, de tribal - não importa o nome; o que importa é que desde antes de existir a linguagem já existiam pessoas batendo tambores e pulando em volta de uma fogueira. Depois elas fumavam, bebiam, faziam sexo grupal, e dormiam em grandes tendas cheias de peles de urso, pra acordar de ressaca no dia seguinte.

Um belo dia, algum idiota qualquer* decidiu que só ia haver um único Deus, e dali em diante toda a raça humana se viu alijada do processo através do qual poderia ter um diálogo com o além, com os deuses, a consciência do universo, ou qualquer outra explicação idiota que se possa dar para a compreensão total de tudo o que realmente importa. O homem moderno não tem o direito de ver fantasmas, conversar com espíritos, ou receber ordens de deuses ou das vozes na cabeça dele. Tudo o que se lhe permite é ler um livro onde se contam histórias de pessoas que falaram com Deus. O homem, ele próprio, não pode falar com Deus. Em caso de dúvida, ele deve consultar o sacerdote mais próximo. Ou um analista.

3. O Vazio

Tudo o que existem no universo são os átomos, o tempo e a informação. E existe o Vazio. Dentro do átomo, existe o Vazio. Entre um elétron e o outro, entre um planeta e o outro, entre um ser humano e o outro, existe o Vazio. Todo mundo morre de medo do Vazio; de pensar que ele é um precipício onde você cai e morre. E que a morte é uma coisa horrível, e que tem quer haver alguma coisa depois dela. Ninguém agüenta conviver com a idéia de que nada faz sentido, de que somos apenas animais como todos os outros, que não existe vida após a morte nem em outros planetas, que a vovó morreu e não foi pro céu e nem está olhando pra gente lá de cima. A gente se acha muito especial.

O balão, depois de cheio, na verdade está vazio. Não tem nada dentro dele. Mas o balão aperta o vazio com tanta força que ele fica duro e o balão consegue existir.

4. A única coisa que faz sentido em todo o Universo

Pular em volta da fogueira. Não precisa ser pelado, não precisa ser bêbado, não precisa ser acompanhado por outras pessoas, não precisa de cerveja nem maconha. Aliás, não precisa nem da fogueira.

O rock que eu conheci, ele é um isso.

(continua)





* O nome dele era Zoroastro.

6 de março de 2008

Dicas para mulheres


Vive circulando pela internet um e-mail cheio de dicas femininas publicadas em revistas femininas tipo Cláudia e Capricho, só que nos anos 1950. Ou seja, é tudo retrógrado, machista, pré-woman´s-lib e coisas do tipo. Resolvi fazer uma pequena análise das dicas e ver quais podem ser úteis no nosso dia-a-dia em pleno século XXI:

"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". - Não se deve irritar as pessoas em geral. Ponto.

"A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa". - Meu, na boa... um homem que reclama de banheiro desarrumado??? Tem que mais é que mandar ele ir tomar banho mesmo, e quanto mais fora de casa melhor. Vai e não volta mais! Trouxa!

"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada." - Porra, esse é o melhor conselho do mundo. Se todo mundo fizesse isso, não ia haver guerras nem violência. Só paz e harmonia.

"Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete." - Afinal de contas, se você é trouxa o bastante pra morar com um fumante, agora agüenta as conseqüênciassss.

"Dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara". - Afinal de contas, como todas nós sabemos, todos os homens são psicopatas, né, amigas?

"Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu". - É isso mesmo, a esposa tem que ser bem chata e entediante. Ótimo conselho.

"Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil". - Não necessariamente sozinha...

"É fundamental manter a aparência impecável diante do marido". - Isso mesmo. Quando quiser fazer cocô, vá até a casa da sua mãe.

4 de março de 2008

"A Nuvinha Que Queria Chover"


Era uma vez uma nuvinha, que vivia sozinha no céu. Ela era feita de água, e isso era tudo que ela tinha no mundo. A nuvinha passava seus dias flanando pelo céu, arrastada pelo vento, seu destino.

Sempre que a pequena nuvem via alguém que parecia estar precisando de água, ela começava a chover. Mas parecia que ela nunca fazia nada direito. Era só a água cair no chão que as pessoas começavam a reclamar da chuva. Corriam para debaixo das marquises, se escondiam nos seus guarda-chuvas da Madonna (aqueles brancos), sob seus chapéus, capas, sobre-tudos. E praguejavam contra a pobre nuvenzinha.

- Eu só queria ajudar! - ela exclamava.

Vagando pelo céu, ela continuava procurando lugares e pessoas que precisassem de sua água. Não que ela sentisse algum prazer especial fazendo isso. Mas como ela era toda feita de água, e não podia ser outra coisa no mundo além de nuvem, não havia mais nada que ela pudesse fazer além de chover nas pessoas. E, já que era assim, pensava ela, então que pelo menos a chuva fosse uma coisa boa.

De vez em quando ela até acertava. Sobrevoava um sertão árido e vazio, e chovia o máximo que podia enquanto estivesse ali. As pessoas ficavam felizes no começo, mas a nuvinha sabia que aquilo não ia resolver o problema delas. Ela queria poder ficar ali o resto da vida, chovendo, mas o vento sempre vinha e levava ela embora.

Mas essas ocasiões eram muito raras. Na grande maioria das vezes, era sempre a mesma coisa. A pobre nuvinha começava a chover, achando que estava fazendo bem para as pessoas, e tudo que recebia em troca eram xingamentos. Sua chuva, que ela chovia com tanto carinho e boa vontade, deixava as pessoas assustadas, e elas logo se protegiam com suas capas de plástico, seus enormes guarda-chuvas pretos e pontudos, reclamando e praguejando contra a nuvem e contra a chuva.

Isso deixava a pobre nuvinha muito chateada. Ela não podia ser mais nada além de uma nuvem. E não tinha mais nada para doar do que a sua chuva. Às vezes, na calada da noite, sozinha no céu, ela se perguntava se teria que passar o resto da vida acumulando aquela água toda, sem nunca poder compartilhá-la com as pessoas lá embaixo. Sofria ao pensar que teria que vagar sozinha pelo céu, ao sabor do vento, sem nunca encontrar um motivo para existir, e sem nunca poder chover sua chuva, que era tão bonita quando virava arco-íris, e que as plantinhas agradeciam tanto. A nuvinha pensava, e chorava, mas ninguém percebia, porque suas lágrimas se misturavam à chuva, e viravam uma coisa só, caindo do céu, uma dádiva que ninguém queria receber.

Até que um dia a nuvem chegou no mar.

3 de março de 2008

Razão x Emoção


Eu sempre fui preocupado com essa questão: por que é que o cérebro humano sempre divide o universo que tenta compreender em dois? Mesmo o mais auto-proclamado racional dos cientistas costuma dividir a mente humana em racional e emocional. Outros ainda atribuem ao corpo uma tal de alma, ou espírito, que seria uma espécie de manifestação sobrenatural da essência do ser.

Será que é porque o cérebro é dividido em dois hemisférios espelhados? Dizem que um deles é mais racional, ligado às ciências exatas, à masculinidade, e o outro seria emocional, feminino, ligado ao sentimento. Mas que diabo significa tudo isso?

O símbolo chinês do yin-yang simboliza essa aparente dualidade. Segundo os "estudiosos", o yang seria: masculino, lógica, cabeça, tensão, ordenado, sóbrio; e o yinfeminino, inconsciente, sentimento, orgânico. Mas será que essa dualidade é mesmo necessária?

O real significado por trás desse símbolo chinês muitas vezes é esquecido pelas pessoas que o vestem displicentemente, pendurados no pescoço ou estampados em cadernos e camisetas. Não é que o universo seja separado em dualidades: pelo contrário, só existe equilíbrio quando os aparentes polos se complementam. Os opostos se atraem, e outros clichês.

Eu não consigo mais pensar nesses termos. Essa eterna guerra dos sexos, masculino x feminino, racional x emocional, isso nunca traz nada de bom. E ainda perdemos um tempo precioso em nossas vidas tentando nos adequar a essa separação.

Acho que a única diferença entre "razão" e "emoção" é que a segunda não espera convite para aparecer. O que chamamos de memórias, nostalgia, saudade, tudo isso são apenas pensamentos sobre os quais não temos controle. Querendo ou não, eles surgem, vão embora, e podem ou não voltar - e não temos controle nenhum sobre eles.

Podemos tentar: usar drogas, tomar Prozac, cair no samba, ir pra igreja - cada um se vira como pode. Mas quando estamos ali, na cama, de noite, sozinhos no escuro, em posição fetal, ninguém tem controle sobre esses pensamentos. E quando o sono vem, os sonhos revelam o que realmente está acontecendo ali dentro. Os sonhos, assim como os sentimentos e as lembranças, surgem sem convite, e nos mostram o que querem. Só podemos torcer para que não sejam pesadelos.

Mas é só isso que eles são. Pensamentos. Não vêm da alma, nâo vêm do coração, nem de Deus. Eles começam aqui mesmo, dentro da gente, dentro do cérebro. Tudo o que a gente tem é o cérebro. A verdade, o universo, nada disso é totalmente compreendido por nós: tudo o que temos em que nos agarrar são as reações que temos aos impulsos sensoriais que recebemos. E é só.

Você pode rezar, você pode cheirar, mas não pode se esconder.

2 de março de 2008

Cartunismo Argentino


Passeando pelo blog de uma amiga de uma amiga (tá dando muito eco aqui) descobri um quadrinista argentino chamado Liniers. Seu site, embora feito no melhor estilo "era assim que as pessoas queriam que a web fosse a 10 anos atrás, mas embora agora seja possível fazer isso continua sendo indesejável", é muito divertido, e tem tirinhas e quadrinhos para ler.

O estilo parece um pouco ingênuo, mas esconde algumas grandes sacadas. Um pouco difícil de classificar, mas seu estilo fica em algum lugar entre Peanuts, Pogo, Calvin & Hobbes, Mafalda e Chester Brown. E ele tem uma obsessão doentia por pingüins.

Foi interessante voltar ao mundo encantado dos quadrinhos argentinos, que o mercado editorial brasileiro insiste em ignorar (exceto pela Mafalda e pela Maitena, que é uma espécie de Sex and the City dos quadrinhos), e que tem uma tradição muito forte e um passado de glórias.

Agora eu vou ali fazer aromaterapia com uma caixa de aquarela.